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Governo do Brasil encerra Sala de Situação sobre intoxicação por metanol

Com a redução expressiva de novos casos e a consolidação de um cenário de estabilidade epidemiológica, o Ministério da Saúde anunciou o encerramento da Sala de Situação criada para monitorar a intoxicação por metanol no país. A medida foi oficializada por portaria publicada em 8 de dezembro, após o último caso confirmado ter sido registrado em 26 de novembro de 2025. Apesar do encerramento da estrutura emergencial, o monitoramento e a assistência aos casos seguem normalmente pelos fluxos regulares da vigilância em saúde.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a resposta do Governo do Brasil foi rápida, articulada e eficaz, garantindo diagnóstico oportuno, assistência adequada e distribuição de antídotos para todos os estados. Atualmente, todas as unidades da federação contam com estoques assegurados de medicamentos, além de um estoque estratégico nacional, o que mantém a capacidade de resposta do SUS diante de eventuais novos casos.
A Sala de Situação foi instalada em 1º de outubro, poucos dias após os primeiros alertas sobre o surto, e reuniu diferentes áreas do Ministério da Saúde, além de órgãos como Anvisa, Fiocruz, Ebserh, Opas, conselhos de secretários de saúde e outros ministérios envolvidos no controle e na investigação da crise. Durante cerca de dois meses de atuação, as equipes técnicas analisaram dados em tempo real e orientaram ações que incluíram assistência clínica, envio de insumos, alerta à população e combate à circulação de bebidas adulteradas.
No período, o Ministério da Saúde distribuiu 1.500 ampolas de fomepizol e 4.806 unidades de etanol aos estados, priorizando as regiões mais afetadas, além de reforçar um estoque estratégico com 2,6 mil ampolas de antídoto. Paralelamente, forças de fiscalização e segurança pública atuaram de forma integrada para coibir a comercialização de bebidas irregulares, com operações da Polícia Federal, Receita Federal e Ministério da Agricultura que resultaram na apreensão de grandes volumes de bebidas adulteradas, fechamento de estabelecimentos e abertura de investigações.
Entre 26 de setembro e 5 de dezembro de 2025, foram registradas 890 notificações relacionadas à intoxicação por metanol, das quais 73 foram confirmadas e 788 descartadas. Ao todo, 22 óbitos foram confirmados, com maior concentração no estado de São Paulo, seguido por Pernambuco, Paraná, Mato Grosso, Bahia e outros estados. Mesmo com a melhora do cenário, o Ministério da Saúde reforça que a vigilância segue ativa de forma permanente, mantendo o acompanhamento epidemiológico e a capacidade de resposta para proteger a saúde da população.
Fonte: Ministério da Saúde
Brasil lidera cobertura de serviços de saúde no combate à tuberculose, aponta OMS

O Brasil se destacou internacionalmente no enfrentamento à tuberculose ao manter uma das maiores taxas de detecção da doença em 2024, segundo o Relatório Global da Tuberculose 2025, divulgado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O documento, que analisa dados de 184 países, mostra que 89% das pessoas que desenvolveram tuberculose no país foram diagnosticadas e notificadas oficialmente, evidenciando a ampla cobertura e a capacidade de resposta do Sistema Único de Saúde (SUS).
Entre os países de alta carga da doença, o Brasil lidera o Índice de Cobertura de Serviços (Service Coverage Index), superando 80%. Esse indicador avalia o acesso e a qualidade dos serviços de saúde, incluindo o tratamento da tuberculose, e reforça o papel do SUS na garantia do cuidado integral. O relatório também aponta crescimento expressivo no tratamento preventivo da infecção latente, com aumento de 39,1% entre contatos de pessoas com a doença, além da estabilização da mortalidade após um período de alta.
Outro aspecto de destaque é o financiamento das ações de combate à tuberculose com recursos próprios. Em 2024, o Ministério da Saúde destinou, pela primeira vez, R$ 100 milhões aos estados e municípios para ações de vigilância, prevenção e controle da doença, fortalecendo a autonomia nacional na resposta e a sustentabilidade das políticas públicas voltadas à eliminação da tuberculose.
Nos últimos anos, o país também avançou na ampliação do diagnóstico e do tratamento. Houve maior uso de esquemas encurtados para o tratamento preventivo, expansão do acesso ao Teste Rápido Molecular para tuberculose e aumento significativo da testagem para HIV entre novos casos de TB, que passou de 30,8% em 2003 para 87,7% em 2024. Esses resultados contribuem para interromper a cadeia de transmissão e melhorar os desfechos clínicos.
Apesar dos avanços nacionais, a OMS alerta que os desafios globais permanecem. A tuberculose segue como a principal causa de morte por um único agente infeccioso no mundo, com 10,7 milhões de casos e 1,23 milhão de óbitos em 2024. No Brasil, foram registrados 85.936 casos novos no mesmo ano, enquanto 6.025 mortes ocorreram em 2023. O cenário reforça a importância de manter e ampliar as ações de prevenção, diagnóstico e tratamento para alcançar as metas da Estratégia pelo Fim da Tuberculose.
Fonte: Ministério da Saúde
SUS inicia vacinação de gestantes contra vírus causador da bronquiolite

O Sistema Único de Saúde (SUS) passou a ofertar a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) para gestantes a partir da 28ª semana de gravidez. A estratégia tem como objetivo proteger recém-nascidos contra a bronquiolite, uma das principais causas de internação de bebês e responsável por grande parte dos casos de doenças respiratórias graves na primeira infância.
A imunização ocorre de forma indireta: a gestante produz anticorpos que são transferidos ao bebê durante a gestação, garantindo proteção nos primeiros meses de vida. Incorporada ao Calendário Nacional de Vacinação da Gestante, a medida prevê a meta de atingir 80% do público-alvo e a aquisição de milhões de doses até 2027. Estudos clínicos apontam alta eficácia na prevenção de quadros graves, consolidando a vacina como um avanço relevante para a saúde pública e para a proteção da infância no país.
Fonte: Ministério da Saúde
Governo Federal anuncia R$ 18,4 bilhões para ampliar infraestrutura de saúde no país

O Governo Federal aprovou mais de 1.010 propostas pelo Fundo de Investimento em Infraestrutura Social (FIIS), totalizando R$ 18,4 bilhões destinados à expansão e modernização da infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS). As ações beneficiarão 1.119 municípios de 26 estados, financiando obras, aquisição de equipamentos e veículos de transporte sanitário. Somados aos investimentos em educação, o volume total chega a R$ 28,1 bilhões.
As medidas reforçam o programa Agora Tem Especialistas, que amplia a capacidade de atendimento do SUS para reduzir o tempo de espera por consultas, exames e cirurgias. Entre os projetos contemplados estão 48 novos hospitais, 52 ampliações, 451 Unidades Básicas de Saúde, 212 CAPS, 45 policlínicas, 29 Centros Especializados em Reabilitação, 37 UPAs, 8 maternidades, além de outras obras e aquisição de ambulâncias e veículos sanitários.
O FIIS, operado pelo BNDES, passa a incluir pela primeira vez entidades filantrópicas e privadas contratualizadas com o SUS, ampliando o alcance da política. As condições de financiamento são consideradas atrativas, com juros entre 5,5% e 7% ao ano, carência de até 24 meses e prazo de pagamento de até 20 anos.
O fundo também oferece agilidade administrativa ao permitir que propostas habilitadas no PAC sejam migradas automaticamente. Segundo o Ministério da Saúde, os investimentos também fortalecem a indústria nacional por meio da compra de equipamentos e expansão da rede assistencial.
O programa Agora Tem Especialistas segue avançando com mutirões, carretas de atendimento e o provimento de profissionais em áreas vulneráveis. Desde o lançamento, já foram realizados 65,5 mil procedimentos, sete municípios tiveram filas zeradas e 577 médicos especialistas foram enviados a regiões com maior necessidade. Na oncologia, está prevista a instalação de 121 aceleradores lineares até 2026, ampliando o acesso ao tratamento do câncer em todo o país.
Fonte: Ministério da Saúde
Ministério da saúde disponibiliza painel público sobre agrotóxicos em alimentos

O Ministério da Saúde lançou uma nova aba no Painel de Vigilância em Saúde de Populações Expostas a Agrotóxicos (VSPEA), permitindo ao público consultar dados sobre resíduos de agrotóxicos em alimentos de origem vegetal. A atualização foi desenvolvida em parceria com a Anvisa e reforça ações de transparência e vigilância ambiental.
A ferramenta apresenta informações do Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), que monitora a presença e a conformidade dos resíduos nos produtos comercializados no país. Entre os dados disponíveis, estão amostras com e sem resíduos detectados, conformidade por ingrediente ativo, quantidade de coletas por estado, rastreabilidade e dados específicos por alimento.
O PARA é realizado pela Anvisa em conjunto com Vigilâncias Sanitárias estaduais e municipais e os Laboratórios Centrais de Saúde Pública. O programa, que começou avaliando 100 agrotóxicos em nove alimentos, hoje analisa mais de 300 substâncias em 36 produtos, representando cerca de 80% do consumo nacional de vegetais. Desde 2001, mais de 45 mil amostras foram analisadas.
Segundo o Ministério da Saúde, a ampliação do painel fortalece políticas públicas baseadas em evidências, promovendo segurança alimentar e maior acesso da população às informações sobre os alimentos consumidos.
Fonte: Ministério da Saúde
Equidade de gênero e resposta a infecções em mulheres vulnerabilizadas

O Ministério da Saúde lançou a Agenda Nacional Prioritária para o Enfrentamento a HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais, HTLV, Sífilis e outras ISTs em Mulheres Vulnerabilizadas. O documento orienta ações prioritárias com foco na garantia dos direitos humanos e na eliminação dessas infecções como problemas de saúde pública até 2030.
A agenda reforça o compromisso do SUS com universalidade, equidade e integralidade, destacando que doenças e infecções atingem determinados grupos de forma desproporcional devido a desigualdades raciais, sociais, econômicas, territoriais, culturais e de gênero.
Com abordagem interseccional, a proposta busca orientar ações integradas dentro do SUS para reduzir desigualdades e ampliar o acesso de mulheres vulnerabilizadas a prevenção, diagnóstico e tratamento.
A construção do documento envolveu gestores estaduais e municipais, profissionais de saúde, instituições de ensino e participação ativa de redes e movimentos de mulheres, garantindo representatividade.
A Agenda propõe políticas públicas articuladas entre saúde, assistência social, educação, justiça e direitos humanos, orientando estados e municípios a desenvolver estratégias alinhadas aos contextos epidemiológicos e sociais de cada território.
Fonte: Ministério da Saúde
Brasil firma parceria estratégica com o Reino Unido para qualificar a incorporação de tecnologias em saúde

O Ministério da Saúde firmou um acordo estratégico com o Reino Unido para fortalecer políticas de Avaliação de Tecnologias em Saúde (ATS) e aprimorar modelos de acesso a tratamentos inovadores no SUS. A iniciativa busca qualificar processos, reduzir riscos ao paciente e ao orçamento público, aprimorar negociações de preços e integrar ferramentas de inteligência artificial à análise das tecnologias ofertadas ao sistema.
O documento foi assinado em Londres entre a Conitec e o National Institute for Health and Care Excellence (NICE), reforçando o compromisso do governo federal com decisões baseadas em evidências e com a incorporação responsável de tecnologias cada vez mais complexas e de alto custo.
Segundo a secretária de Ciência, Tecnologia e Inovação em Saúde, Fernanda De Negri, a parceria permitirá ao Brasil aprender diretamente com práticas consolidadas do Reino Unido, especialmente em estratégias de negociação para garantir acesso sustentável a tratamentos inovadores.
A cooperação deriva de uma carta de intenções firmada pelos dois países em 2025, que estabelece ampliação da colaboração em ciência, tecnologia, inovação e saúde digital. Entre as ações previstas estão o desenvolvimento de diretrizes nacionais, missões técnicas, trocas entre especialistas, maior transparência na gestão de conflitos de interesse e o uso de IA nos processos de avaliação.
Além disso, a parceria permitirá aprofundar o conhecimento sobre o ecossistema britânico de ciência e inovação, fortalecendo o caminho para pesquisas que acelerem o acesso da população brasileira a novas tecnologias em saúde.
Fonte: Ministério da Saúde



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