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- A4PM

- 5 de set.
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Ministério da Saúde padroniza altas hospitalares e amplia integração de dados no SUS

O Ministério da Saúde oficializou dois novos modelos de registro clínico para o Sistema Único de Saúde (SUS): o Sumário de Alta (SA) e o Sumário de Alta Obstétrico (SAO). A medida, publicada pelas Portarias nº 8.025 e nº 8.026, fortalece a Rede Nacional de Dados em Saúde (RNDS), ampliando a interoperabilidade e garantindo maior continuidade do cuidado após internações hospitalares.
O SA substitui a norma vigente desde 2022 e reúne informações essenciais como diagnósticos, procedimentos realizados, evolução clínica, alergias, medicamentos e o estado de saúde do paciente no momento da alta. Já o SAO, específico para internações obstétricas, organiza dados maternos, complicações, informações do parto e registros neonatais, permitindo melhor acompanhamento da saúde da mãe e do bebê.
O anúncio foi feito durante a 8ª Reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT). Segundo a secretária de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad, a iniciativa é estratégica no âmbito do programa Agora Tem Especialistas e deve ser disseminada em estados e municípios.
Com a medida, a RNDS passa a receber informações de média e alta complexidade, reforçando seu papel como plataforma oficial de interoperabilidade do SUS. Atualmente, a rede já concentra mais de 2,9 bilhões de registros clínicos, tornando-se uma das maiores bases de dados de saúde do país. O avanço garante maior segurança da informação, eficiência na gestão pública e continuidade no cuidado aos pacientes.
Fonte: Ministério da Saúde
Ministério da Saúde realiza diagnóstico nacional para fortalecer rede de laboratórios públicos

O Ministério da Saúde iniciou um amplo diagnóstico situacional da Rede de Laboratórios de Saúde Pública, com foco nos Laboratórios Centrais (Lacen) e nos Laboratórios de Fronteira (Lafron). A ação integra o Projeto Protect, em parceria com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), e busca identificar fragilidades, ampliar a capacidade diagnóstica e preparar o Brasil para responder a futuras pandemias.
Durante julho, equipes do MS e da OPAS realizaram visitas técnicas em estados estratégicos, avaliando a estrutura, a gestão de amostras, o transporte de material biológico e a capacidade de diagnóstico molecular e de sequenciamento genômico. Os resultados foram apresentados na Reunião Nacional para Avaliação e Otimização da Rede de Laboratórios, realizada em Brasília, com a participação de gestores e profissionais dos Lacen e Lafron da Amazônia Legal e do Rio Grande do Sul.
Segundo a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Mariângela Simão, a pandemia de Covid-19 expôs fragilidades que precisam ser superadas: “é essencial que os gestores, em todas as esferas, tenham um ambiente fortalecido para identificar qualquer ameaça à saúde”.
O Projeto Protect, financiado pelo Banco Mundial, adota a abordagem de Saúde Única, integrando saúde humana, animal e ambiental na vigilância e no alerta precoce de doenças zoonóticas. A iniciativa prevê capacitações em diagnóstico avançado, bioinformática e protocolos de segurança, além de estimular a cooperação entre países da Bacia Amazônica.
A medida reforça o papel estratégico dos laboratórios públicos como peça-chave na vigilância epidemiológica, ampliando a prevenção, o controle de doenças e a segurança da população brasileira.
Fonte: Ministério da Saúde
Saúde investe R$ 170 milhões para ampliar rede federal de hospitais no Rio de Janeiro

O Ministério da Saúde anunciou R$ 170 milhões adicionais para modernizar, reestruturar e ampliar o atendimento na rede federal de saúde do Rio de Janeiro. O recurso será destinado à contratação de mais de 2 mil profissionais, abertura de 166 novos leitos e implantação de 10 salas cirúrgicas, beneficiando principalmente o Hospital da Lagoa e os institutos nacionais de Câncer (Inca), Ortopedia e Traumatologia (Into) e Cardiologia (INC).
A medida integra o programa Agora Tem Especialistas, que busca reduzir filas e ampliar o acesso a consultas, cirurgias e tratamentos especializados. Os novos investimentos reforçam o plano de reestruturação dos hospitais federais, iniciado em 2024 e que já soma R$ 1,193 bilhão em recursos.
Um dos destaques é a integração do Hospital da Lagoa ao Instituto Fernandes Figueira (IFF/Fiocruz), processo gradual que priorizará inicialmente pacientes em fila de espera, com monitoramento individualizado e canais de comunicação permanentes para evitar desassistência. A parceria com a Fiocruz também prevê modernização da infraestrutura hospitalar e expansão de serviços voltados à saúde da mulher, da criança e do adolescente.
Entre os impactos previstos, estão a reabertura de leitos de UTI e enfermarias, expansão de cirurgias oncológicas e ortopédicas, aumento na capacidade de atendimento em cardiologia e oncologia pediátrica, além do fortalecimento da assistência domiciliar.
Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a ação garante a ampliação dos serviços e a continuidade do atendimento: “Ninguém ficará sem assistência. Estamos qualificando e ampliando a rede federal, não desestruturando”.
Com a nova fase, a rede federal no Rio de Janeiro reforça sua função estratégica no Sistema Único de Saúde (SUS), ampliando o acesso da população a serviços de alta complexidade com maior eficiência, transparência e participação social.
Fonte: Ministério da Saúde
Saúde mental no SUS: Centros de Atenção Psicossocial ampliam acesso ao atendimento

O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento em saúde mental para pessoas de todas as idades em situação de sofrimento psíquico ou com problemas relacionados ao uso de álcool e outras drogas. O serviço é garantido principalmente pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), que funcionam de portas abertas, articulados à rede de saúde — da Atenção Primária à Urgência e Emergência e à atenção hospitalar.
O acesso aos CAPS pode ser feito de forma espontânea pelo usuário ou por encaminhamento de outras unidades de saúde. Já em serviços como Unidades de Acolhimento, Serviços Residenciais Terapêuticos e hospitais gerais, o acesso exige encaminhamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou de outros serviços da rede.
As equipes multiprofissionais dos CAPS são compostas por médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeutas ocupacionais, assistentes sociais e técnicos de enfermagem, além de receber residentes de diferentes áreas da saúde, ampliando a capacidade de atendimento especializado.
Atualmente, os CAPS se organizam em diferentes modalidades, de acordo com a complexidade e a população atendida:
CAPS I: para municípios com mais de 15 mil habitantes, atende todas as idades em casos de sofrimento psíquico grave.
CAPS II: para regiões acima de 70 mil habitantes, destinado a pessoas com transtornos mentais graves e persistentes.
CAPSi: voltado a crianças e adolescentes em sofrimento psíquico intenso, em municípios com mais de 70 mil habitantes.
CAPS AD: atende pessoas de todas as idades em sofrimento psíquico relacionado ao uso de álcool e outras drogas.
CAPS III: oferece atendimento contínuo, 24 horas, incluindo acolhimento noturno.
CAPS AD III: especializado em álcool e drogas, com atendimento 24 horas para crianças, adolescentes e adultos em sofrimento intenso que necessitam de acompanhamento clínico permanente.
Com essa estrutura, o SUS fortalece a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), garantindo acesso integral, gratuito e contínuo a cuidados em saúde mental em todo o país.
Fonte: Ministério da Saúde
Ministério da Saúde anuncia criação do primeiro hospital público inteligente do Brasil

O governo federal apresentou o projeto do Instituto Tecnológico de Medicina Inteligente (ITMI-Brasil), que será o primeiro hospital público inteligente do país, com previsão de inauguração em 2027 no complexo do Hospital das Clínicas da USP, em São Paulo. A unidade terá 800 leitos dedicados a emergências em neurologia, cardiologia, neurocirurgia, terapia intensiva e outras áreas críticas.
O ITMI-Brasil integrará tecnologias como inteligência artificial, telessaúde e ambulâncias conectadas em 5G, permitindo reduzir o tempo médio de atendimento em casos graves de até 17 horas para cerca de 2 horas. O investimento previsto é de US$ 320 milhões, a serem financiados pelo Novo Banco de Desenvolvimento (BRICS).
Além da assistência, o hospital atuará como centro de pesquisa, inovação e formação de profissionais, com foco em saúde digital, engenharia clínica e segurança cibernética. O projeto arquitetônico terá 150 mil m², seguindo padrões internacionais de sustentabilidade e humanização do cuidado.
O plano também inclui a implantação de UTIs inteligentes em dez capitais brasileiras, interligadas ao Hospital das Clínicas da USP e equipadas para monitoramento em tempo real.
A iniciativa integra os investimentos da Nova Indústria Brasil (NIB) e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde, que já somam mais de R$ 4,4 bilhões em pesquisa e inovação.
Paralelamente, o ministro Alexandre Padilha anunciou a aquisição de um acelerador linear de R$ 10,4 milhões para o Instituto do Câncer Arnaldo Vieira, em São Paulo, fortalecendo a política nacional de ampliação do acesso ao tratamento oncológico.
Fonte: Ministério da Saúde
Capacitação fortalece a investigação de surtos em áreas de fronteira do Mercosul

Entre os dias 2 e 4 de setembro, Ciudad del Este (Paraguai) sediou a Capacitação em Investigação de Surtos, realizada no âmbito da Presidência Pro Tempore do Brasil no Mercosul. A ação integra o Projeto Fronteiras Saudáveis e Seguras e teve como foco aprimorar a vigilância epidemiológica e a resposta a emergências em áreas limítrofes entre Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai.
O treinamento contou com 25 profissionais de 16 municípios fronteiriços, priorizando especialistas já atuantes em vigilância epidemiológica e investigação de surtos. As aulas foram ministradas pelo Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS), coordenado pelo Ministério da Saúde, e abordaram desde metodologias de investigação até estratégias de comunicação e gestão conjunta de eventos de saúde pública entre os países.
A iniciativa reforça o compromisso do Brasil com a integração regional, a equidade em saúde e a cooperação técnica internacional, contribuindo para a Agenda 2030 da ONU (ODS 3 – Saúde e Bem-Estar). Além disso, marcou a primeira ação conjunta de quatro Programas de Treinamento em Epidemiologia de Campo (FETP) articulados pela RedSur, rede que pretende expandir a experiência para outras regiões da América do Sul.
Cidades como São Borja, Foz do Iguaçu e Uruguaiana (Brasil); Clorinda e Paso de los Libres (Argentina); Pedro Juan Caballero e Alberdi (Paraguai); Rivera e Melo (Uruguai) estiveram representadas, reforçando a importância da cooperação transfronteiriça para o enfrentamento de surtos e emergências em saúde pública.
Fonte: Ministério da Saúde
Ministério da Saúde reafirma compromisso no combate à hanseníase

O Ministério da Saúde reforçou sua atuação no enfrentamento à hanseníase, alinhando ações nacionais à Estratégia Nacional de Enfrentamento à Hanseníase 2024-2030 e fortalecendo parcerias internacionais para ampliar a prevenção, o diagnóstico e o cuidado.
Entre as medidas em curso estão:
teste rápido e teste molecular para resistência microbiana;
vigilância do grau 2 de incapacidade física;
avaliação de resistência medicamentosa;
piloto de vigilância de óbitos;
pesquisas clínicas e campanhas de educação em saúde.
Um dos destaques é a Carreta da Saúde Roda Hans, que percorre municípios brasileiros levando diagnóstico precoce, capacitação de profissionais e ações de combate ao estigma, reforçando o papel do SUS em oferecer atendimento inclusivo e humanizado.
De acordo com o Boletim Epidemiológico de 2025, o País registrou aumento de novos casos entre pessoas idosas e maior proporção de diagnósticos tardios, especialmente nas regiões Centro-Oeste e Norte (com Mato Grosso e Tocantins em destaque). Apesar dos avanços em exames de contato e na escolaridade de pacientes diagnosticados, os indicadores apontam queda nas taxas de cura e aumento de recidivas, evidenciando a necessidade de fortalecer a rede de atenção e vigilância.
Parcerias internacionais – O Brasil conta com o apoio da Fundação Sasakawa, que coopera na qualificação de agentes comunitários e profissionais de saúde em cidades de vários estados, como PE, MS, RR, SE, MG, PA e MA. A iniciativa integra o Programa Brasil Saudável, que pretende eliminar até 2030 onze doenças negligenciadas e cinco infecções de transmissão vertical relacionadas a condições de vulnerabilidade social.
Durante encontro com a delegação japonesa da Fundação Sasakawa, a secretária da SVSA, Mariângela Simão, reforçou que a hanseníase é prioridade para o governo brasileiro e integra compromissos também assumidos em nível internacional.
Fonte: Ministério da Saúde




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