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- A4PM

- 29 de ago.
- 5 min de leitura
UFRJ desenvolve técnica que acelera diagnóstico de câncer infantil

Pesquisadoras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), vinculada ao MEC, desenvolveram uma metodologia inovadora que reduz de 15 dias para apenas um dia o tempo necessário para diagnosticar tumores sólidos em crianças. A técnica adapta o uso da citometria de fluxo, até então aplicada apenas a tumores no sangue, permitindo o início mais rápido do tratamento e aumentando as chances de cura.
O método já vem sendo utilizado em hospitais públicos do Rio de Janeiro, como o Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF) e os hospitais federais da Lagoa e dos Servidores do Estado. Embora ainda experimental e sem reconhecimento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a iniciativa representa um avanço significativo para a oncologia pediátrica.
A pesquisa é coordenada pelas médicas Elaine Sobral e Cristiane Facio, do Instituto de Puericultura e Pediatria Martagão Gesteira (IPPMG/UFRJ), em parceria com o consórcio europeu EuroFlow, do qual a UFRJ é a única instituição fora da Europa participante. O objetivo é consolidar uma rede nacional de diagnóstico rápido de tumores pediátricos, garantindo maior agilidade e precisão no atendimento.
Fonte: Ministério da Educação
MEC promove oficina para revisar Indicadores de Qualidade na Educação

O Ministério da Educação (MEC), por meio da Secretaria de Educação Básica (SEB), realizou em São Paulo uma oficina para atualização dos Indicadores de Qualidade na Educação (Indiques), com foco nos anos finais do ensino fundamental. A iniciativa foi conduzida em parceria com a Ação Educativa e contou com a participação de universidades, organismos internacionais, secretarias de educação e especialistas da Rede Nacional de Articuladores do Programa Escola das Adolescências (Renapea).
Os indicadores de qualidade são uma metodologia de autoavaliação participativa que auxilia escolas e comunidades na análise da qualidade da educação. Estruturados em sete dimensões — que incluem ambiente educativo, práticas pedagógicas, gestão escolar democrática e acesso e permanência dos alunos —, os Indiques permitem a reflexão coletiva sobre a realidade escolar e apoiam a elaboração de planos de melhoria.
Durante o encontro, os participantes analisaram a versão preliminar dos indicadores, discutiram ajustes metodológicos e sistematizaram contribuições para que o material reflita a diversidade das escolas brasileiras, contemplando inclusão, equidade racial e de gênero, além da participação da comunidade escolar. A versão revisada será pré-testada por gestores escolares antes de sua implementação.
A atualização dos Indiques está alinhada ao Programa Escola das Adolescências, instituído em 2024, que busca fortalecer os anos finais do ensino fundamental (do 6º ao 9º ano). O programa propõe apoio técnico, pedagógico e financeiro para escolas, incentiva práticas democráticas e inclusivas, e tem como meta melhorar a permanência e o desenvolvimento integral dos estudantes nessa etapa crucial da vida escolar.
Fonte: Ministério da Educação
MEC reforça compromisso com a primeira infância e amplia acesso à educação infantil

No Dia Nacional da Educação Infantil, celebrado em 25 de agosto, o Ministério da Educação (MEC) destacou um conjunto de ações voltadas à garantia de direitos e à proteção de crianças de 0 a 6 anos, com foco na equidade, inclusão e combate à adultização. A pasta defende práticas pedagógicas que priorizem o lúdico e favoreçam o desenvolvimento social, emocional e intelectual de bebês e crianças pequenas.
Entre as principais iniciativas está a Política Nacional Integrada da Primeira Infância (PNIPI), lançada em agosto de 2024, que articula políticas intersetoriais nas áreas de educação, saúde, assistência social, cultura, habitação e igualdade racial. A política considera as diferentes realidades socioeconômicas, étnico-raciais e regionais, e busca assegurar o pleno exercício dos direitos das crianças.
O MEC também tem avançado em medidas concretas de expansão da oferta de vagas. O Programa de Apoio à Manutenção da Educação Infantil (EI Manutenção) destinou R$ 240 milhões em 2024 para criação de 35 mil vagas em creches, com crescimento de 20% nas obras concluídas de unidades entre 2023 e 2024. Até agosto de 2025, já foram entregues 312 creches, somando mais de 61 mil novas vagas. Além disso, pela primeira vez, a construção de creches foi incluída no Novo PAC, com previsão de 1.683 novas unidades em duas etapas.
Outra frente é o Pacto Nacional pela Retomada de Obras, que prevê a conclusão de 1.318 obras de educação infantil paralisadas ou inacabadas, com investimento de R$ 1,8 bilhão e a criação de quase 240 mil vagas em turno integral.
Na área pedagógica, o MEC encaminhou ao Conselho Nacional de Educação os Parâmetros Nacionais de Qualidade da Educação Infantil, transformados em diretrizes operacionais obrigatórias que estabelecem padrões de referência para organização e funcionamento das instituições em todo o país.
A pasta também tem priorizado o monitoramento do setor: a segunda edição do levantamento Retrato da Educação Infantil reuniu informações de todos os 5.571 municípios e do Distrito Federal sobre acesso e gestão da etapa, em cumprimento à Lei nº 14.851/2024, que obriga a divulgação da demanda por vagas.
Outro tema de destaque é a proteção digital. Em 2025, foi sancionada a Lei nº 15.100/2025, que regulamenta o uso de celulares nas escolas para preservar o foco na aprendizagem e a saúde mental dos estudantes. O MEC, por meio da Estratégia Nacional das Escolas Conectadas (Enec), já vinha promovendo a educação digital e midiática, alinhada às diretrizes do CNE que orientam o uso responsável de tecnologias desde a educação infantil.
Com esses esforços, o MEC reafirma o compromisso de fortalecer a primeira infância como etapa essencial para o desenvolvimento integral, garantindo acesso, qualidade e proteção às crianças brasileiras.
Fonte: Ministério da Educação
UFRN desenvolve sistema inédito para monitoramento neurológico de recém-nascidos em UTIs

A Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), vinculada ao MEC, criou uma plataforma baseada em internet das coisas e neuroimagem avançada para monitorar bebês em UTIs neonatais. O sistema permite detecção precoce de convulsões e anomalias neurológicas, com acompanhamento em vídeo e eletroencefalograma em tempo real, inclusive à distância, beneficiando regiões com escassez de especialistas em neurologia pediátrica.
Segundo a OMS, condições neurológicas são a principal causa de incapacidades no mundo, e o Brasil registra até 20 mil casos anuais de encefalopatia hipóxico-isquêmica em recém-nascidos — problema que a inovação busca enfrentar. O protótipo registra sinais como temperatura, frequência cardiorrespiratória, oxigenação do sangue e movimentos atípicos, com design que reduz fios e facilita o contato materno e a amamentação.
O pedido de patente já foi submetido ao Inpi em fevereiro, sob o nome “Sistema integrado para monitoramento neurológico neonatal”. A iniciativa reúne pesquisadores da Maternidade Escola Januário Cicco, do Departamento de Engenharia de Computação e Automação, da UFJF e da Agência de Inovação da UFRN (Agir).
O professor Richardson Leão, do Instituto do Cérebro da UFRN, destaca que a meta é universalizar o acesso ao monitoramento neurológico neonatal, tornando-o tão comum quanto a oximetria ou o eletrocardiograma, com potencial para melhorar o prognóstico de milhares de bebês e até auxiliar na detecção precoce de distúrbios como autismo e déficit de atenção.
Fonte: Ministério da Educação




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