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- A4PM

- 19 de set.
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MEC discute inclusão de Libras como disciplina obrigatória na educação básica

A Comissão de Educação da Câmara dos Deputados realizou audiência pública para debater o Projeto de Lei nº 6.284/2019, que propõe a oferta obrigatória da Língua Brasileira de Sinais (Libras) em todas as etapas da educação básica. O encontro reuniu representantes do MEC, especialistas, educadores e membros da comunidade surda, com o objetivo de subsidiar a tramitação da proposta.
O texto, que já passou pelo Senado, inclui na Lei de Diretrizes e Bases (LDB) o direito de estudantes ouvintes e familiares de pessoas surdas ao acesso ao ensino de Libras, fortalecendo a inclusão linguística e cultural. A Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (Feneis) destacou a importância de respeitar a singularidade da educação bilíngue, já reconhecida pela Lei nº 14.191/2021.
De acordo com a legislação vigente, Libras deve ser a primeira língua para alunos surdos, ensinada por professores licenciados, fluentes e, preferencialmente, surdos, enquanto a língua portuguesa deve ser ensinada como segunda língua, na modalidade escrita.
O MEC reforçou a necessidade de investir na formação docente para garantir a implementação da política. Também foi discutida a oferta de Libras como segunda língua para familiares e estudantes ouvintes, ampliando a inclusão e os vínculos sociais.
Segundo o IBGE (Censo 2022), 2,6 milhões de brasileiros apresentam algum grau de deficiência auditiva, o que reforça a relevância da medida para garantir acessibilidade, comunicação plena e igualdade de condições no acesso à educação, cultura e serviços públicos.
Fonte: Ministério da Educação
Senado debate democracia e direitos humanos na educação

O Ministério da Educação (MEC) participou da quarta audiência pública do Senado sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), realizada pela Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH). O encontro discutiu a implementação de políticas afirmativas no ensino superior e ações para promover democracia e direitos humanos.
O PNDH-3, estruturado em seis eixos — democracia; desenvolvimento; combate às desigualdades; segurança; educação e cultura em direitos humanos; e direito à memória e à verdade — orienta iniciativas nacionais de proteção e promoção de direitos.
O MEC informou que já ofertou 15.840 vagas em cursos de aperfeiçoamento e extensão universitária em direitos humanos, com R$ 6,8 milhões destinados ao custeio e bolsas para professores. Segundo Erasto Fortes Mendonça, coordenador-geral de Políticas Educacionais em Direitos Humanos, essas formações reforçam que democracia e direitos humanos são indissociáveis.
A pasta também destacou políticas de assistência estudantil — como auxílio para moradia, alimentação e transporte — que, em 2024, receberam mais de R$ 1,27 bilhão em investimentos, beneficiando 213 mil alunos em 69 instituições federais. As ações se somam às políticas afirmativas de ingresso de negros, indígenas e estudantes de baixa renda no ensino superior.
O MEC apontou ainda a expansão e interiorização do ensino superior pelo Novo PAC, que prevê a criação de 10 novos campi com R$ 600 milhões e a consolidação de universidades já existentes, com investimento de R$ 5,5 bilhões em infraestrutura, laboratórios, moradias estudantis e Hospitais Universitários.
Fonte: Ministério da Educação
MEC apresenta ações de combate à violência nas escolas no Senado

O Ministério da Educação (MEC) participou de audiência pública no Senado para detalhar medidas de prevenção e enfrentamento da violência escolar. A pasta atua em articulação com estados e municípios por meio do Sistema Nacional de Acompanhamento de Prevenção e Resposta de Violência em Ambiente Educacional (Snave), criado pela Lei nº 14.643/2023 e regulamentado em 2025.
Tipos de violência mapeados pelo MEC
Violências que invadem a escola: trabalho infantil, abuso sexual, tráfico de drogas, roubos, ataques armados e conflitos externos.
Violências institucionais: métodos disciplinares abusivos, humilhações, exclusões e práticas que reforçam desigualdades.
Violências cotidianas: bullying, discriminação (raça, gênero, classe, orientação sexual) e violências on-line como cyberbullying e discursos de ódio.
Dados preocupantes: segundo pesquisa da OCDE, 10% das escolas brasileiras relatam semanalmente intimidação ou abuso verbal contra professores, índice bem acima da média internacional de 3%.
Ações em andamento
Produção de dados e monitoramentos para orientar políticas públicas.
Formação de educadores e comunidade escolar para práticas de acolhimento e prevenção.
Publicação de documentos orientadores.
Integração com a Operação Escola Segura, coordenada pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, que atua em parceria com SaferNet e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania.
O encontro reuniu também representantes de entidades ligadas à educação, direitos humanos e Ministério Público do Trabalho, reforçando a necessidade de uma agenda integrada pela cultura de paz nas escolas.
Fonte: Ministério da Educação
MEC amplia oferta de cursos em energias renováveis

O Ministério da Educação (MEC) anunciou a oferta de 16.466 vagas gratuitas em cursos de qualificação profissional voltados para energias renováveis. As oportunidades serão disponibilizadas pelas instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica até 2026.
A iniciativa busca formar mão de obra qualificada para atender à crescente demanda do setor e incentivar a transição energética sustentável no país.
Fonte: Ministério da Educação
Ministros de 40 países conhecem a alimentação escolar no Ceará

Durante a 2ª Cúpula Global da Coalizão para a Alimentação Escolar, ministros e autoridades de cerca de 40 países visitaram a Escola de Ensino Médio em Tempo Integral Johnson, em Fortaleza (CE), para conhecer de perto a qualidade do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae).
Pnae em números
50 milhões de refeições servidas diariamente.
40 milhões de estudantes atendidos em mais de 150 mil escolas públicas.
Mais de 10 bilhões de refeições por ano.
Orçamento anual de R$ 5,5 bilhões, ampliado em R$ 1,5 bilhão recentemente.
Diretrizes e metas do programa
Compra mínima de 30% da agricultura familiar, com prioridade para mulheres, indígenas, quilombolas e assentados (meta de 45% até 2026).
Cardápios elaborados por nutricionistas, com foco em frutas, verduras e alimentos ricos em ferro e vitamina A.
Meta de ampliar para 85% o uso de alimentos in natura ou minimamente processados até 2026, reduzindo ultraprocessados a 10%.
Educação alimentar e nutricional como parte das ações pedagógicas.
Debates da Cúpula
Transformar evidências científicas em políticas eficazes.
Estratégias de financiamento sustentável para alimentação escolar.
Lançamento do relatório O Estado da Alimentação Escolar 2024.
Discussão sobre alimentação escolar e mudanças climáticas.
Referência internacionalO Pnae é uma das maiores políticas públicas de alimentação escolar do mundo e serve como modelo para 69 países na América Latina, Caribe e África, em cooperação com a Agência Brasileira de Cooperação (ABC) e organismos internacionais.
Fonte: Ministério da Educação
MEC reforça Escolas Conectadas com sanção do ECA Digital

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Estatuto Digital da Criança e do Adolescente (ECA Digital), que estabelece regras para a proteção de menores no ambiente online. A nova lei impõe obrigações a aplicativos, redes sociais e serviços digitais, como a verificação de idade, ferramentas de supervisão familiar, prevenção por desenho, resposta rápida a conteúdos ilícitos e diretrizes para o tratamento de dados e publicidade voltada a crianças e adolescentes. O descumprimento das normas poderá gerar penalidades, e a fiscalização ficará a cargo da Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD), que passará a atuar como agência independente.
Na área da educação, o marco legal se soma a outras iniciativas recentes, como a lei que regulamenta o uso pedagógico de celulares nas escolas. O Ministério da Educação (MEC) tem fortalecido a Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), instituída em 2023, que articula conectividade, infraestrutura e práticas pedagógicas para universalizar o acesso à internet de qualidade e integrar a educação digital aos currículos escolares.
Desde então, o percentual de escolas públicas com conectividade adequada para fins pedagógicos subiu de 45,4% para 65,4%, alcançando mais de 23 milhões de estudantes. Para isso, já foram investidos R$ 3 bilhões dos R$ 6,5 bilhões previstos no Novo PAC, além da publicação de editais que devem garantir Wi-Fi a 32 mil escolas até 2026.
No campo pedagógico, o MEC publicou as Diretrizes Nacionais sobre o uso de dispositivos digitais em ambientes escolares, com implementação obrigatória a partir de 2026. Também lançou o Guia de Educação Digital e Midiática e o Referencial de Saberes Digitais Docentes, que já reuniu mais de 95 mil respostas em sua ferramenta de autodiagnóstico.
A estratégia inclui ainda a formação continuada de professores. Apenas em 2025, foram disponibilizados 60 novos cursos no AVAMEC, somando 81 no total e mais de 340 mil certificados emitidos. Os conteúdos abrangem desde práticas pedagógicas com tecnologias até inteligência artificial, gestão e infraestrutura digital.
Fonte: Ministério da Educação




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